Quem lê nosso blog com frequência sabe que adoramos falar sobre arquitetura e temos um enorme respeito e admiração pelo impacto positivo que traz à sociedade. Justamente por isso reunimos no post de hoje 12 frases de Lina Bo Bardi para trazer inspiração e mostrar mais uma vez que ela sempre foi uma pessoa a frente de seu tempo.
Para quem tiver curiosidade, temos um post completo falando sobre a biografia e obras de Lina Bo Bardi. Vale a pena ler ou ouvir em nosso podcast. Nossa admiração por ela vai muito além da contribuição para a arquitetura moderna brasileira e de suas obras incríveis como o MASP, SESC Pompéia e a Casa de Vidro.
Lina foi uma daquelas pessoas cujas ideias transcendem a relação com o tempo, por isso sua frases e citações merecem ser sempre lembradas. Sua preocupação com o fator social e integrativo eram tidos como uma missão.
“A produção em massa, que hoje deve ser tida em consideração como a base para a arquitetura moderna, existe na própria Natureza e, intuitivamente, no trabalho popular.”
“Bom, para mim, pessoalmente, como arquiteta, arquitetura é estrutura. Quer dizer, a estrutura de um edifício é elevada ao nível da poesia, como parte da estética. Não há nenhuma diferença. Um arquiteto deve projetar a estrutura como projeta arquitetura, no sentido doméstico da palavra”
“O arquiteto que projeta um edifício não convive com o pedreiro, o carpinteiro ou o ferreiro. (…) O desenhista técnico tem complexo de inferioridade pela ausência de competência prática. O operário executor é aviltado pela falta de satisfação ética do próprio trabalho.”
“As escadas sempre fascinaram o homem. As grandes escadarias das cidades, as escadas dos tronos, dos templos… são um elemento fascinante, e eu sempre fui, como arquiteta, fascinada pelas ideias de uma escada. Nunca tomei uma escada como um elemento prático, para subir de um nível a outro.”
“A liberdade do artista foi sempre “individual”, mas a verdadeira liberdade só pode ser coletiva. Uma liberdade ciente da realidade social, que derrube as fronteiras da estética, campo de concentração da civilização ocidental; uma liberdade ligada às limitações e às grandes conquistas da prática científica (prática científica, não tecnologia decaída em tecnocracia). Ao suicídio romântico, é urgente contrapor a grande tarefa do planejamento ambiental, desde o urbanismo e a arquitetura até o desenho industrial e outras manifestações culturais. Uma reintegração, uma unificação simplificada dos fatores componentes da cultura.”
“O problema das casas populares levanta problemas econômicos e sociais de grande envergadura, interfere e atinge interesses econômicos particulares. A impostação econômico-social e científica tem que ser feita com o concurso de técnicos de toda a natureza, desde os sociólogos e arquitetos, até médicos e cientistas. Precisamos levantar o problema.”
“Tenho pelo ar-condicionado o mesmo horror que tenho pelos carpetes. Assim, surgiram os “buracos” pré-históricos das cavernas, sem vidros, sem nada. Os “buracos” permitem uma ventilação cruzada permanente.”
“Eu disse que o Brasil é meu país de escolha e por isso meu país duas vezes. Eu não nasci aqui, escolhi este lugar para viver. Quando a gente nasce, não escolhe nada, nasce por acaso. Eu escolhi meu país.”
“A beleza em si não existe. Existe por um período histórico, depois muda o gosto. Eu procurei, no Museu de Arte de São Paulo, retomar certas posições. Não procurei a beleza, procurei a liberdade. Os intelectuais não gostaram, o povo gostou: ‘Sabe quem fez isso? Foi uma mulher!’”
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